Garantir que os colaboradores tenham ergonomia no ambiente de trabalho deve ser uma das prioridades para a equipe de Recursos Humanos.
Em um mundo onde as pessoas são cada vez mais consideradas como principal capital para as organizações, é imprescindível que tenham acesso à saúde física e mental no ambiente de trabalho.
Explorar o método ergonômico com o propósito de promover melhorias em nível organizacional pode ter grande relevância para a concretização dos objetivos estratégicos da empresa, além de propiciar cada vez mais a criação de condições de trabalho saudáveis e sustentáveis.
Para conhecer a importância da ergonomia no trabalho, continue a leitura!
O que é ergonomia no trabalho?
O conceito de ergonomia se estabelece por meio da norma regulamentadora NR-17. Conhecida também como NR da Ergonomia, foi criada com o propósito de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.
A ergonomia no trabalho é a ciência que estuda e desenvolve normas que visam proporcionar um ambiente compatível com as necessidades físicas, emocionais e mentais do time. Dessa forma, reduzindo a exposição aos riscos ergonômicos.
No que diz respeito à aplicação no trabalho, a ergonomia possibilita que os colaboradores utilizem os recursos disponíveis e o ambiente que estão inseridos a seu favor. Assim, é possível melhorar o clima organizacional e, consequentemente, a performance e produtividade.
Para alcançar a ergonomia no trabalho, a companhia precisa conhecer o perfil do quadro de colaboradores e entender quais tipos de atividades são exercidas, além de identificar os riscos ergonômicos aos quais a equipe está exposta.
As normas ergonomistas surgem com a intenção de reduzir os riscos no ambiente de trabalho, tendo em vista adquirir conforto para a execução das atividades, reduzindo drasticamente as chances do desenvolvimento de doenças ocupacionais.
O que diz a legislação sobre a ergonomia no trabalho?
A ergonomia no trabalho é sim uma exigência legal. O Ministério do Trabalho e Previdência, em conjunto com os sindicatos e associações, criou uma norma que determina a obrigatoriedade das empresas aplicarem a ergonomia no ambiente de trabalho.
A regulamentação possui o intuito de apoiar tanto os trabalhadores, quanto os empresários, ao buscar minimizar o impacto que os riscos ergonômicos trazem ao ambiente corporativo.
O aumento de casos de afastamento, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho por falta de condições adequadas motivaram a criação das normativas.
A norma regulamentadora solicita a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), analisando a organização dentro do contexto do funcionamento, sendo capaz de revelar aspectos que podem ser até então desconhecidos pela organização.
Com base no resultado das informações coletadas, a empresa receberá um laudo que contribuirá com o planejamento de ações que visam a eliminação ou redução dos riscos.
Após a documentação das informações serem feitas na AET, fica mais fácil para a organização entender as especificidades ergonômicas do negócio, como identificar as relações existentes entre os acidentes ocupacionais com o meio em que estão inseridos, por exemplo.
O acompanhamento deve ser feito de maneira recorrente para que os números de incidência de doenças ocupacionais sejam cada vez menores, garantindo um ambiente seguro e melhorando indicadores de engajamento e cultura, que são dois dos principais indicadores-chave da área de Recursos Humanos.
As empresas que não se adequarem podem ser notificadas para que as mudanças sejam implementadas. O prazo para fazer as correções é de 60 (sessenta) dias, mas caso elas não sejam feitas, a empresa poderá ser multada, podendo também responder judicialmente, junto a justiça do trabalho.
A saúde e segurança no trabalho
Prevenir acidentes de trabalho deve ser prioridade dentro do ambiente corporativo. Sendo assim, falar sobre segurança no trabalho é uma necessidade e envolve diversos cuidados e compromissos, sendo responsabilidade de ambas as partes, empregador e trabalhador.
Para garantir a segurança ocupacional, um conjunto de políticas, normas e procedimentos devem ser respeitados e implementados no dia a dia da companhia. Afinal, por meio da implementação de metodologias e técnicas apropriadas, a qualidade de vida dos trabalhadores pode ser impactada positivamente.
Entretanto, a segurança do trabalho não se trata somente da implementação de medidas de segurança para evitar acidentes. Na verdade, entender como esses acidentes ocorrem é fundamental para o processo e faz parte do foco da qualidade de vida no trabalho.
É por meio do estudo da realidade da organização que medidas podem ser realmente efetivadas. E para desenvolver esse conhecimento, é necessário um time multidisciplinar capaz de analisar o ambiente de trabalho em seus aspectos humanos e técnicos.
Existem diversos benefícios para os negócios que investem na segurança do trabalho e eles vão muito além de evitar multas quando a fiscalização bater na porta da empresa. Os principais são:
- Mitigação de riscos;
- Prevenção de incidentes;
- Clima organizacional saudável;
- Motivação para a equipe;
- Melhora na produtividade;
- Geração de bons resultados para a empresa;
- Colaboradores satisfeitos.
As doenças ocupacionais nas empresas
A falta de condições adequadas de trabalho podem levar ao desenvolvimento de graves problemas de saúde aos colaboradores, podendo impactar em toda sua vida.
Existem inúmeros tipos de doenças ocupacionais, que podem ser psicológicas ou físicas, e surgem em diversas partes do corpo, como nas mãos, pernas, pulmão, olhos, entre outras.
As doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros são as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho (DORT), segundo o estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre os anos de 2007 e 2016, 67.599 casos de LER e DORT foram notificados. Ou seja, um crescimento de 184% em menos de dez anos, passando de 3.212 casos, em 2007, para 9.122 em 2016. Tanto o volume quanto o aumento nos casos nesse período sinalizam alerta em relação à saúde dos trabalhadores.
Com isso em mente, é possível identificar a necessidade de investimento em equipamentos que proporcionem ergonomia, como descanso para os pés e apoio para os pulsos, incentivar pausas durante a jornada de trabalho e a prática dos exercícios laborais. Essas são apenas algumas das muitas medidas cabíveis para se evitar as doenças ocupacionais.
O investimento no bem-estar é o primeiro passo para evitar que as doenças ocupacionais se tornem um problema frequente na companhia, além de gerar uma vantagem para a reputação da marca empregadora. A partir desse passo fundamental é que será possível pensar em ações diretamente voltadas para a qualidade de vida dos colaboradores.
A ergonomia aplicada à qualidade de vida no trabalho
A ergonomia possui o objetivo de desenvolver a ligação entre o ser humano e o trabalho de forma confortável e produtiva. Ao adaptar as condições trabalhistas às características do profissional, os riscos ergonômicos são evitados e se proporciona mais saúde, conforto, segurança e bem-estar.
Por outro lado, o foco das ações de Qualidade de Vida no Trabalho está exclusivamente no indivíduo, fornecendo a ele apoio para lidar com os problemas que nascem do contexto de trabalho.
Em outras palavras, as ações de Qualidade de Vida no Trabalho buscam compensar os desgastes vivenciados pelos trabalhadores no ambiente corporativo por meio do oferecimento de um “cardápio de atividades” do tipo anti estresse, como por exemplo o Yoga Laboral.
A vivência duradoura do sentimento de bem-estar representa um fator de promoção da saúde e indica a presença de Qualidade de Vida no Trabalho. Por outro lado, a vivência duradoura do mal-estar alerta um fator de risco para a saúde e a segurança nas situações de trabalho.
A cultura da segurança no trabalho
Como foi mencionado anteriormente, as adaptações físicas são essenciais e proporcionam conforto e segurança, porém um ambiente de trabalho ideal deve ser focado em pessoas.
Ao lado de salários, benefícios e oportunidades de crescimento, o ambiente de trabalho é um fator-chave para a organização. Em outras palavras, é indispensável a valorização e investimento na qualidade de vida dos colaboradores.
As ações educacionais são tão importantes quanto as questões técnicas e administrativas, no que diz respeito à implementação de medidas de segurança. Isso porque, os próprios colaboradores são os principais agentes para a manutenção da cultura da segurança.
Em um ambiente onde exista segurança, a tendência é encontrar uma maior motivação e, consequentemente, melhor desempenho na execução das tarefas diárias. O que caracteriza uma clara vantagem para as empresas que exercem a responsabilidade social e valorizam seus profissionais.
O papel da cultura de segurança não se limita aos trabalhadores. Na verdade, por ser um departamento estratégico que trabalha diretamente com a gestão de pessoas, o RH deve ficar atento aos menores sinais de que algo não vai bem com a saúde dos trabalhadores.
O papel do controle de ponto online na qualidade de vida no trabalho
A adoção do registro de ponto digital passa a ser um importante instrumento de segurança da empresa e de seus colaboradores.
Por meio do controle de ponto online fica mais fácil para a empresa acompanhar como está sendo a jornada de trabalho dos colaboradores. Assim, os horários de entrada e saída, férias, horas extras, faltas, atrasos podem ser comprovados.
Quando o profissional está trabalhando mais horas do que deveria, é papel da empresa notificá-lo, pois ambas as partes podem ser prejudicadas no caso de não cumprimento da norma regulamentadora.
A Pontomais possui um recurso importantíssimo que permite o controle de pausas de acordo com a NR-17.
É possível realizar esta configuração diretamente no turno de trabalho do colaborador, podendo ser em qualquer tipo de turno: turnos fixos, flexíveis ou em turnos fixos com apenas o intervalo flexível.
Após configurado pela empresa, o colaborador consegue registrar a pausa acessando o sistema da Pontomais, de forma super simples.
Com isso, a relação de trabalho passa a ser mais transparente, refletindo com exatidão quantas horas o funcionário tem direito a receber ao final do mês e quantas dessas são horas extras.
Para saber mais sobre essa e outras funcionalidades, faça um Tour Virtual e conheça a Pontomais!
Conclusão
Investir na melhoria do ambiente de trabalho não é um capricho, mas sim uma exigência legal.
A atuação ergonomista é importante como instrumento de mudança cultural no ambiente corporativo, ao disseminar uma visão diferente sobre os erros e problemas identificados nos processos, retirando o sentimento de culpa do trabalhador e o empoderando a propor transformações em sua condição de trabalho.
A visão sobre o trabalhador, que era entendido como uma parte do processo que precisa se adaptar à organização, passa a ser reconhecido como fonte de vantagem competitiva e como parceiro para o atingimento dos resultados esperados pela empresa.
Existem diversas possibilidades de ações para alcançar efetivamente a ergonomia no trabalho, o importante é minimizar os riscos envolvidos.